Sabe aquele sentimento de cansaço excessivo que não passa? Aquele estresse e aquela irritabilidade que parece que te acompanha há dias, ou até meses no trabalho? Você pode estar enfrentando a Síndrome de Burnout.
Estes sentimentos e sintomas podem indiciar que você esteja sofrendo com a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional.
A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade, e tem sido qualificada por pesquisadores como “a praga do Século XXI”.
No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM V, publicado em 2014 pela Associação Americana de Psiquiatria, guia para o diagnóstico das doenças mentais, o Burnout não é reconhecido como uma doença. Porém, é citado pela Organização Mundial de Saúde na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional que influencia o estado de saúde ou o contato com os serviços de saúde.
Inclusive, a Organização Mundial da Saúde está prestes a iniciar o desenvolvimento de diretrizes baseadas em evidências sobre o bem-estar mental no local de trabalho.
A principal causa do Burnout é justamente o excesso de trabalho.
Esta síndrome é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.
O distúrbio se manifesta quando a relação com o trabalho se torna cada vez mais pesada se transformando em estresse, ansiedade e nervosismo intensos.
A pessoa acaba sendo levada ao seu limite, físico e/ou emocional, sentindo-se extremamente cansada, desmotivada, irritada e esgotada.
É importante ressaltar que a síndrome não está somente relacionada com o ambiente de trabalho, ou com profissões estressantes.
Estudos, carreira acadêmica e até responsabilidades domésticas podem desencadear a Síndrome de Burnout.
O fato é que o Burnout está relacionado com o excessivo esforço físico, mental ou emocional, seguido de poucos momentos de descanso ou descontração.
Tudo o que demanda de muito investimento de tempo e que suga energia e disposição pode ser motivo para que o Burnout apareça.
No entanto, outros fatores podem influenciar no desenvolvimento da Síndrome de Burnout, como problemas de relação com o chefe ou no trabalho em geral, problemas familiares, no relacionamento amoroso, etc.
O fato é que a Síndrome de Burnout atrapalha o desempenho profissional, prejudica o bem-estar físico e mental, e pode resultar em estado de depressão profunda.
Quais os sintomas da Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout envolve nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas.
O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes, podem indicar o início da doença.
Os sintomas mais comuns da Síndrome de Burnout são:
- Distúrbios do sono;
- Dores musculares e de cabeça;
- Irritabilidade;
- Alterações de humor;
- Falhas de memória;
- Dificuldade de concentração;
- Falta de apetite;
- Agressividade;
- Isolamento – nos estágios iniciais parece que o indivíduo evita o contato com as demais pessoas; porém em estágios mais avançados pode-se desenvolver irritabilidade no contato com outras pessoas;
- Depressão;
- Pessimismo e baixa autoestima;
- Sentimento de apatia e desesperança – este é um dos sintomas que mais leva aos diagnósticos errados da doença;
- Irritabilidade exagerada – a irritabilidade acaba surgindo devido ao sentimento de pessimismo e baixa autoestima, achando que aquilo que se faz não é bom o suficiente.
- Perda de prazer – inicia-se como algo simples, mas gradativamente torna-se evidente – como a perda de prazer por comidas ou atividades que antes gostava de praticar, momentos com a família, etc.
- Maior suscetibilidade a doenças – como a Síndrome de Burnout mexe com o físico e também com o psicológico, acaba baixando a imunidade da pessoa, tornando-a mais suscetível ao aparecimento de doenças oportunistas.
Vale a pena ressaltar que, em determinados casos, o distúrbio pode ocasionar problemas físicos como hipertensão, dores musculares e de cabeça, fadigas excessivas e problemas estomacais como gastrite.
Como é realizado o diagnóstico da Síndrome de Burnout?
O diagnóstico da Síndrome de Burnout é feita por profissionais após análise clínica do paciente.
Psiquiatras e psicólogos são os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma do tratamento, conforme cada caso.
Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não saberem ou não conseguirem identificar todos os sintomas e, por muitas vezes, acabam negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode estar acontecendo.
Por isso, é essencial que se pratique o autoconhecimento para conseguir identificar situações e sentimentos que podem desencadear o Burnout e que se procure ajuda profissional adequada para tratar a síndrome.
Amigos próximos e familiares podem ser bons pilares no início, ajudando a pessoa a reconhecer sinais de que precisa de ajuda.
Como prevenir a Síndrome de Burnout?
A melhor forma de prevenir a Síndrome de Burnout é adotar estratégias que diminuam o estresse e a pressão no trabalho.
Condutas saudáveis evitam o desenvolvimento da doença, assim como ajudam a tratar sinais e sintomas logo no início.
- Defina pequenos objetivos na vida profissional e pessoal;
- Participe de atividades de lazer com amigos e familiares;
- Faça atividades que “fujam” à rotina diária, como passear, comer em restaurante ou ir ao cinema;
- Evite o contato com pessoas “negativas”, especialmente aquelas que reclamam do trabalho ou dos outros;
- Converse com alguém de confiança sobre o que se está sentindo;
- Faça atividades físicas regulares. Pode ser academia, caminhada, corrida, bicicleta, remo, natação, etc;
- Evite consumo de bebidas alcoólicas, tabaco ou outras drogas, porque só vai piorar a confusão mental;
- Não se automedique nem tome remédios sem prescrição médica.
Dormir. Dormir bem e adequadamente é uma conduta recomendada para qualquer pessoa que busque melhorar a qualidade de vida e, no caso da Síndrome de Burnout, boas noites de sono ajudam a prevenir o desenvolvimento da doença.
É fundamental manter o equilíbrio entre o trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas.
Como tratar a Síndrome de Burnout?
O tratamento para Síndrome de Burnout deve ser orientado por um psicólogo ou psiquiatra e, normalmente, é feito através da combinação de medicamentos e psicoterapias.
Mudar alguns hábitos e incluir mais momentos de lazer e descontração na rotina também fazem parte do tratamento e prevenção da Síndrome de Burnout.
Praticar o autoconhecimento, conciliar trabalho e lazer, balancear as responsabilidades e gerir bem a rotina são pontos importantes para quem quer evitar e prevenir a Síndrome de Burnout.
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